sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Estava eu no meu planeta, sozinha e sem esperar visitas, quando tu apareceste. Disseste que vinhas guiado pelas estrelas e que elas te tinham indicado o caminho até ali. Sorri - pareceste-me simpático com as tuas palavras. Quiseste-me levar por esse universo fora à descoberta de novos mundos. Eu dei-te a mão e fui contigo. Embarcamos por entre estrelas e sentimentos há muito perdidos em mim e, quando achava que mais ninguém me iria fazer sentir assim, senti a tua mão agarrada à minha para me dizer: eu estou aqui.
Estava perdida num planeta escuro e vazio onde ninguém entrava, e sem esperar apareceste e preencheste toda a escuridão e todo o vazio com este sentimento que me deixa de borboletas no estomago. O meu sorriso voltou. Os meus olhos voltaram a abrir para tudo o que ficou por descobrir. Cativaste-me. E de dedos entrelaçados seguimos juntos por este universo. Tudo o que não sei, tudo o que durante tanto tempo não quis saber quero descobrir contigo. Tens tanto para me mostrar, tanto para me ensinar. Quero percorrer este caminho todo junto a ti sem me perder de novo.
Agora que as borboletas se instalaram no meu coração resta-me contar as horas para te voltar a encontrar: para voltar a entrelaçar os meus dedos com os teus: para te dar aquele abraço tão bom: para os beijos: para te dizer o quanto gostei que as estrelas te guiassem até mim: para te dizer o quanto gosto de ti.

domingo, 7 de abril de 2013

Por vezes gostava que soubesses da existência deste blog para não ter esta vontade de te dizer tudo o que tenho cá dentro. Assim lias e eu ficava mais leve. Mas como não sabes escrevo para desabafar, para deitar cá para fora tudo aquilo que as lágrimas não me deixam dizer-te pessoalmente.

Deixas-me nervosa - e já não é um nervosismo de borboletas no estomago como antes - é um nervosismo de como vou olhar para ti quando a minha cabeça só  me diz para te esquecer, para te colocar para trás das costas e ao mesmo tempo o meu coração ateima em não te deixar ir. Toda eu sou uma confusão. Habituaste-me a ter sempre a tua presença, a não ter de dizer nada quando me sentia mais em baixo, porque tu lias-me - tu conheces-me tão bem! E por me conheceres assim tão bem já devias de saber como me sinto. Como me sinto por uma das pessoas mais importantes para mim não me dirigir a palavra nem se preocupar em me perguntar se estou bem. Eu não consigo olhar para ti sem me virem as lágrimas aos olhos, por isso evito. Tenho saudades dos abraços, dos beijinhos inesperados, das cocegas... tenho saudades tuas. Sim, eu sei que te vejo todas as semanas, mas tenho saudades do que tu eras para mim antes.

Só gostava que lesses este blog e percebesses que podes ter um valor tão grande para alguém que nem imaginas - ou talvez até imagines mas não consegues baixar esse teu orgulho como eu já baixei o meu tantas vezes por ti.

Não consigo agir normalmente contigo e, se alguma vez leres isto, quero que saibas que (eu que não sou violenta, nem muito menos tenho força para ferir alguém) me deixas com vontade de te bater de tanta raiva que sinto quando estou ao pé de ti.

Apenas te pedia para abrires os olhos.

domingo, 31 de março de 2013

Está tudo diferente e tu fazes-te de indiferente.


Não sou forte como por vezes aparento ser e continuo a menina insegura que conheceste há uns anos atrás. 

Durante esses anos, sempre te tive em consideração, sempre te apoiei, sempre tiveste um grande valor sentimental para mim. Sempre, mesmo que mais distantes um do outro: Sempre foste importante. Tu conheces-me e sabes de situações que me despertaram tão diferentes emoções - emoções essas que mais ninguém sabe. Fui sincera como sempre fui, como sempre conseguiste que fosse contigo. Dás-me um à vontade que mais ninguém me dá. Mas foi a partir desse dia: o dia em que te dei tudo, que te disse tudo – foi nesse dia que parte de mim se descolou do meu coração e tudo ficou diferente.

Não gostava de descrever este sentimento como desilusão, e tento nega-lo a todo o custo, mas eu já senti isto. Tu sabes, melhor que ninguém, que já senti isto! Apenas nunca esperei senti-lo vindo de ti. Eras a única pessoa. Talvez a única pessoa que me deixa tão triste por me fazer sentir assim.

Estou triste por isso. 

sábado, 9 de março de 2013

uma mensagem tua

Todos os dias penso o quanto gostava de receber uma mensagem tua. Todos os dias penso em ti. Penso em ti mas já não da mesma forma, de coração apertado e de peito cheio de sentimento. Penso em ti porque gostava de receber uma mensagem tua, só. Uma mensagem de bom dia ou a perguntar se vou ao café mas uma mensagem tua.
Na minha cabeça o que faz sentido é seres tu a enviar a mensagem. Eu dei-te tudo. Dei-te toda e da mais pura sinceridade que há em mim na esperança de receber um pouco da tua também. Não recebi e deitas-te a minha fora. A sinceridade, a confiança e o meu olhar. Não te consigo olhar nos olhos como sempre fiz porque estou triste, tu deixaste-me triste. Eu sabia que iria ser diferente, mas nunca pensei que fosse assim. Não cheguei a sentir o arrependimento nem de uma única palavra que te disse. Quis dizer-te porque sempre fui sincera contigo e julgava que também o eras comigo. Dei-te tudo. Sempre te dei e esse foi o meu único erro. Sempre foste mais para mim do que eu fui alguma vez para ti. Estou enganada? Se estou enganada diz-me! Diz-me porque neste momento não tenho a certeza de nada. Já me deixaste confusa demais.
Não penses que fico feliz por te ver do jeito que estás. Não fico. Fico ainda mais triste por pensar que te podia estar a dar - mais uma vez - todo o meu apoio e não estou. Não estou porque não recebi a tua mensagem, não me falas, não te sentas ao meu lado, não olhas para mim. Não estou feliz. Nem por ver o que andas a fazer da tua vida, nem por o que ando a fazer da minha. Não me magoaste (outra vez) como disseste que não querias, cumpriste a tua promessa não te preocupes, mas também não me deixaste bem. Essa tua atitude não foi a melhor, tens de admitir. Não percebo porque a tiveste comigo, não percebo mesmo.


Enquanto tento perceber vou seguindo a minha vida, bem ou mal, vou seguindo. A tua mensagem há-de chegar, acredito que sim. 

domingo, 6 de janeiro de 2013

Por seres quem és

Foi-me tão difícil por seres o que és para mim. Por seres quem és.
Por seres aquela pessoa que me dá tudo e não espera nada em troca, que me dá um sorriso nas horas de maior angustia, que tem sempre algo para me dizer quando tudo parece perdido.
Por seres essa pessoa tão especial demorei todo este tempo - e se durante todo este tempo te escondi este sentimento não foi por não te confiar tudo, foi por saber que esse tudo poderia desaparecer.

És-me tanto do que não quero perder,
e tenho tanto receio do que vem a seguir.

O peito está mais leve mas perdura a saudade.
As palavras soltaram-se mas perdura o sentimento.

Aquele sentimento que só tu preenches porque só tu me compreendes. E eu compreendo-te a ti.
A segurança que sinto ao teu lado é algo que não sei descrever.
É algo que as vozes não compreendem, não vêm, não sentem.
Não consigo descrever.
E elas continuam a empurrar-me para longe.
Não quero estar longe de ti.

Como te sentes eu sei bem.
Já me senti assim.
Assim perdida no meio da multidão, sem querer pensar muito mas a pensar a toda a hora.
Procura
Eu reencontrei uma estrela,
Encontrei-te.
Será que me encontras?
Ou será que me vais deixar passar entre os dedos?
Será este sentimento engolido pela multidão?
Ou será que o agarras para nunca o largares?

Tanta gente e eu continuo a não ouvir nada à minha volta.
Tanta gente e eu só te vejo a ti.
Agarra a minha mão e seremos tudo o que as vozes nunca saberão.
A nossa cumplicidade, é tudo e apenas isso: nossa.
Agarra a minha mão e vamos ser tudo aquilo que ainda não fomos.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

As palavras que me ficaram pressas no coração podiam ter-se soltado no momento daquele abraço.
Aquele abraço envergonhado ao inicio mas tão apertado, tão demorado e tão bom.
Aquele abraço que podia ser eterno.

Bastavam meia duzia de palavras e aquele abraço apertado.

Aquela noite, que seria a última de um ano, poderia ser a primeira.
Podia ser tudo - tudo o que quiséssemos.
Podiam ser mais abraços, mais beijinhos, mais piscares de olhos, mais cocegas, mais tocares, mais.
É essa força - existe uma força que ainda não entendi bem - uma força que me prende a ti e ao teu olhar.
Aquele olhar que deixava as sardas envergonhadas no outro lado da mesa enquanto por baixo dela as pernas tremidas te procuravam.
Tens uma força que me faz querer estar sempre perto de ti:
Tocar-te.
Sentir o teu cheiro. 

Bastavam meia duzia de palavras.

Hoje dormi com o teu cheiro. Amanhã e depois também.
Ainda tenho o teu cheiro em mim como se aquele abraço apertado continuasse.
É como se estivesses realmente comigo.

Bastava aquele abraço apertado.

Mas não te preocupes coração,
Um dia a meia duzia de palavras soltar-se-ão e será o primeiro dia de mais amor.