Os sons puros: nítidos no silêncio: desenhados no ar, breves, a ecoarem na memória e a deixarem outro silêncio: outro silêncio: outro silêncio diferente.
Não fui capaz de lhe dizer nada porque, dentro de mim, tinha um remoinho infinito de música infinita.
A sua voz é muito baixa: como se fosse desfazer-se em pó. Foi com essa voz que lhe disse que estava bem. Depois do silêncio, despedimo-nos.
Naquele instante, estávamos felizes. Antes, tivemos gestos que nos levaram àquele instante, depois tivemos gestos que nos tiraram daquele instante; mas naquele instante estávamos felizes.
O castigo que escolhi para mim próprio é saber aquilo que aconteceu a seguir...
Os meus pés caminhavam no passeio, os meus movimentos contornavam pessoas que se paravam a minha frente ou que vinham na minha direcção, mas, dentro de mim, havia uma sombra que contornava ainda mais obstáculos, que caminhava ainda mais depressa.
À distância, o seu rosto não tinha resposta. E os seu pés caminhavam no passeio. E, ao contornar o medo, contornava a esperança.
O sol deslizou pela superficie de cascas de pinheiro no chão do pátio envolvendo-me a pele. Dentro de mim, fui infinito. Julho voltou a nascer dentro de mim. O sol expulsou todas as sombras e trouxe apenas brilho.
Durante todas as noites deste verão, as estrelas são líquidas no céu. Quando eu as olho, são pontos líquidos de brilho no céu.
Somos outra vez tudo: ainda acreditamos. O tempo não passou. Os dias voltaram a ser a superficie sobre a qual sonhamos. As tardes.
Não fui capaz de lhe dizer nada porque, dentro de mim, tinha um remoinho infinito de música infinita.
A sua voz é muito baixa: como se fosse desfazer-se em pó. Foi com essa voz que lhe disse que estava bem. Depois do silêncio, despedimo-nos.
Naquele instante, estávamos felizes. Antes, tivemos gestos que nos levaram àquele instante, depois tivemos gestos que nos tiraram daquele instante; mas naquele instante estávamos felizes.
O castigo que escolhi para mim próprio é saber aquilo que aconteceu a seguir...
Os meus pés caminhavam no passeio, os meus movimentos contornavam pessoas que se paravam a minha frente ou que vinham na minha direcção, mas, dentro de mim, havia uma sombra que contornava ainda mais obstáculos, que caminhava ainda mais depressa.
À distância, o seu rosto não tinha resposta. E os seu pés caminhavam no passeio. E, ao contornar o medo, contornava a esperança.
O sol deslizou pela superficie de cascas de pinheiro no chão do pátio envolvendo-me a pele. Dentro de mim, fui infinito. Julho voltou a nascer dentro de mim. O sol expulsou todas as sombras e trouxe apenas brilho.
Durante todas as noites deste verão, as estrelas são líquidas no céu. Quando eu as olho, são pontos líquidos de brilho no céu.
Somos outra vez tudo: ainda acreditamos. O tempo não passou. Os dias voltaram a ser a superficie sobre a qual sonhamos. As tardes.
Um comentário:
escreves tão bem :)
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