sábado, 27 de dezembro de 2008

Sabes aquela sensação de querer tudo bem, de querer sorrir para tudo e todos como se o mundo fosse perfeito mas quando se tenta tornar isso realidade apercebemo-nos que quanto mais tentamos mais merda fazemos?

Eu sinto-me assim.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Há momentos em que o mundo deixa de girar, em que tudo perde o seu significado, e nos deixa sozinhos, únicos, juntos - apenas eu e tu, um só - momentos perfeitos.
Encosto-me a ti, consigo ouvir o bater do teu coração; e, ao quase adormecer, do teu lado percebo que era capaz de repetir este momento vezes sem conta - para sempre. Fazes-me sentir bem pelo simples facto de existires na minha vida!
Os teus abraços são como carregamentos de forças para uma - mais uma... - noite sem ti. Os teus beijos viciantes deixam-me completamente perdida no tempo, no espaço... de tudo! À nossa volta o tempo pára, nada existe, nada destroi o nosso mundo! Todos os momentos contigo são importantes... especiais, únicos! Amo cada segundo que passo ao teu lado e quero vive-los para sempre. Completas-me!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

amanhecer de emoções.

"Respira comigo nosso momento é agora; entrega faz por si o que nenhum plano elabora, fecha os olhos e sonha, abre e vive o que acontece; expira agora como se amanha ja cá não estivesse. Porque... Mais vale sorrir e respirar do que chorar por temer perder."

terça-feira, 26 de agosto de 2008

hoje e para sempre.

Não há nenhuma diferença entre aquilo que aconteceu mesmo e aquilo que fui distorcendo com a imaginação, repetidamente, repetidamente, ao longo dos anos. Não há nenhuma diferença entre as imagens baças que lembro e as palavras cruas, cruéis, que acredito que lembro, mas que são apenas reflexos construídos pela culpa. O tempo, conforme um muro, uma torre, qualquer construção, faz com que deixe de haver diferença entre a verdade e a mentira. O tempo mistura a verdade com a mentira. Aquilo que acontece mistura-se com aquilo que eu quero que tenha acontecido e com aquilo que me contaram que aconteceu. A minha memória não é minha. A minha memória sou eu distorcido pelo tempo e misturado comigo próprio: com o meu medo, com a minha culpa, com o meu arrependimento.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

mãe

A tarde era reflectida pelos vidros das janelas: os olhos da minha mãe reflectiam a imagem esbatida dos vidros das janelas. Ninguém pode saber o que pensava, mas havia anos inteiros dentro dela, risos irrepetíveis e silêncios irrepetíveis. Nessas tardes, a minha mãe acreditava que, um único instante, tudo pode transformar-se em nada. Acreditava no silêncio.

Nesse instante, pareceu-me que a sua voz tinha imagens de outro tempo. Ela a escolher palavras e silêncios para consolar-me. E eu a conseguir mesmo encontrar conforto nessa voz, a fechar os olhos para ouvi-la. Eu tentava viver. Ao deitar-me, ao esperar por adormecer, a voz dela era o mundo calmo onde me esquecia de tudo o resto.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

sombras

Os sons puros: nítidos no silêncio: desenhados no ar, breves, a ecoarem na memória e a deixarem outro silêncio: outro silêncio: outro silêncio diferente.
Não fui capaz de lhe dizer nada porque, dentro de mim, tinha um remoinho infinito de música infinita.
A sua voz é muito baixa: como se fosse desfazer-se em pó. Foi com essa voz que lhe disse que estava bem. Depois do silêncio, despedimo-nos.
Naquele instante, estávamos felizes. Antes, tivemos gestos que nos levaram àquele instante, depois tivemos gestos que nos tiraram daquele instante; mas naquele instante estávamos felizes.

O castigo que escolhi para mim próprio é saber aquilo que aconteceu a seguir...

Os meus pés caminhavam no passeio, os meus movimentos contornavam pessoas que se paravam a minha frente ou que vinham na minha direcção, mas, dentro de mim, havia uma sombra que contornava ainda mais obstáculos, que caminhava ainda mais depressa.
À distância, o seu rosto não tinha resposta. E os seu pés caminhavam no passeio. E, ao contornar o medo, contornava a esperança.

O sol deslizou pela superficie de cascas de pinheiro no chão do pátio envolvendo-me a pele. Dentro de mim, fui infinito. Julho voltou a nascer dentro de mim. O sol expulsou todas as sombras e trouxe apenas brilho.
Durante todas as noites deste verão, as estrelas são líquidas no céu. Quando eu as olho, são pontos líquidos de brilho no céu.
Somos outra vez tudo: ainda acreditamos. O tempo não passou. Os dias voltaram a ser a superficie sobre a qual sonhamos. As tardes.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

domingo, 29 de junho de 2008

força de vontade

"À procura, procura do vento.
Porque a minha vontade tem o tamanho de uma lei da Terra.
Porque a minha força determina a passagem do tempo.
Eu quero.
Eu sou capaz de lançar um grito para dentro de mim,
que arranca árvores pelas raizes, que explode veias em todos os corpos,
que trepassa o mundo. Eu sou capaz de correr através desse grito,
à sua velocidade, contra tudo o que se lança para deter-me,
contra tudo o que se levanta no meu caminho, contra mim próprio.
Eu quero.
Eu sou capaz de expulsar o sol da minha pele, de vencê-lo mais uma vez e sempre.
Porque a minha vontade me regenera, faz-me nascer, renascer.
Porque a minha força é imortal."

José Luís Peixoto

segunda-feira, 23 de junho de 2008

bang!

Explosions in my head that just won't quit
A train is crashing through the wall around my heart
and left it only dead, obliterated.
Stop!
My breathing in the night when your not there
the silence ringing through my ears
and all I want to do is hear your voice
but you're not there

Drawn together
pain is rushed through
slight of hand, blink
we won't go up in smoke
things colliding
love undying

Like the rising tide
beating hearts grow but never die
to simplify
I'll stand by your side
close my eyes
hope will never die

burn
take away the pain of being me
soothe my soul caress my heart
and end my fear of my bad memories
eradicated

pain
like gunshots running against the silent night
my love was silent and these words
were stronger than the rest, unstoppable
unstoppable

Atreyu - When Two Are One (Two Become One)

sexta-feira, 30 de maio de 2008

recordações


(P. Diddy, Faith Evans, 112 - I'll Be Missing You)


(R.E.M - Everybody Hurts)

terça-feira, 27 de maio de 2008

Deixa me estar,
Faz me bem não pensar.
Deixa me estar no meu lugar.
Quando a mágua acentar,
e finalmente acabar,
Tudo voltará à sua forma.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

terça-feira, 29 de abril de 2008

(crise aguda de auto-estima)

There are days I hate being me,
then I smile because I'm not you.

Uma boa frase. Mas há dias, como o de hoje, que
nem o facto de não ser como certas pessoas me anima.
Estou cansada, farta, frustada...!
Aprender a gostar de nós mesmos,
sem tomar actitudes egoistas, é complicado!
Mas aprender a ingonar o que sempre viveu conosco é ainda mais complicado.
Mudar é complicado...!

(às vezes dá-me para isto)

"Em dias que o tempo parou, gravou dançou,
não tou capaz de ir atrás, mas vou...

porque sou trapalhão, perdi a chave, nem sei bem o caminho
nestes dias difusos em que ando sozinho e definho
à procura de uma casa nova do caixão até a cova
o percurso é duro em toda a linha, sempre à prova.
Tento ter a força para levar o que é meu
Sei que às vezes vai também um pouco de nós
Devo concordar que às vezes falta-nos a razão
Mas nego que há razões para nos sentirmos tão sós
Vem fazer de conta eu acredito em ti
Estar contigo é estar com o que julgas melhor
Nunca vamos ter o amor a rir para nós
Quando queremos nós ter um sorriso maior"

(vem fazer de conta)

segunda-feira, 21 de abril de 2008

rodeada de pontos de interrogação

intrigas, mentiras, falsidades, interesses...

Maldito mundo onde ter dinheiro é mais importante que qualquer sentimento verdadeiramente sentido! Mas com o maior desprezo vou continuar a minha vida! Um dia, quem sabe, pode ser que mudem...


"bem vinda ao mundo adulto" , palavras de mãe.

Vou para ali continuar a sonhar! Até um dia.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

You're not alone 
Together we stand
I'll be by your side
You know I'll take your hand
When it gets cold
And it feels like the end
Theres no place to go you know I wont give in
No I wont give in.

Keep holding on
'Cause you know we make it trough, we make it trough
Just stay strong
Cause you know i'm here for you
Theres nothing you can say, nothing you can do
Theres no other way when it comes to the truth
So keep holding on

So far away I wish you were here
Before it's too late this could all disapear
Before the doors close, this comes to an end
But with you by my side I will fight and defend i'll
Fight and defend

Hear me when I say, when I say
I believe nothings gonna change, nothings gonna change
Destiny
What ever is ment to be
Will work out perfectly

segunda-feira, 7 de abril de 2008

menina do mar

"Estou tonta e um bocadinho triste. As coisas da terra são esquisitas. São diferentes das coisas do mar. No mar há mostros e perigos, mas as coisas bonitas são alegres. Na terra há tristeza dentro das coisas bonitas.
- Isso é por causa da saudade. - disse o rapaz.
- Mas o que é a saudade? - perguntou a Menina do Mar.
- A saudade é a tristeza que fica em nós quando as coisas de que gostamos se vão embora.
- Ai! - suspirou a Menina do Mar olhando para a Terra - Agora estou com vontade de chorar."

(...)

"- Venho da parte da Menina do Mar - disse a gaivota. Ela manda-te dizer que já sabe o que é a saudade. E pediu-me para te perguntar se queres ir ter com ela ao fundo do mar."


a menina do mar, Sophia de Mello Breyner Andresen

domingo, 6 de abril de 2008

Força

Tás a sentir 
Uma página de história
Um pedaço da tua glória
Que vai passar breve memória
Cuspo directo no caderno
Rimas saídas do inferno
Num tempo que pareceu eterno
Tou de cara lavada
Tenho a casa arrumada
Lembrança apagada
Duma vida quase lixada
Apetece-me gritar
Até rebentar as artérias
(Respiro fundo)
E lembro-me da força
(Guardo dentro do meu corpo)
Espero que ela ouça
Todo o amor deste mundo
Perdido num segundo
Todo o riso transformado
Num olhar apagado
Toda a fúria de viver
Afastada do meu ser
(Cansado de viver)
Até que um dia acordei
(E logo desesperei)
Vi que estava a perder
Toda a força que cresceu
A vontade de gritar bem alto:
"O meu amor morreu"
Todo o mundo há-de ouvir
Todo o mundo há-de sentir
Tenho a força de mil homens
Para o que há de vir
Flashback instantâneo
Prazer momentâneo
Penso e digo até
Que bate duro
No meu crânio
Toda a dor
Toda a raiva
Todo o ciúme
Toda a luta
Toda a mágoa e pesar
Toda a lágrima enxuta
Odiando como posso
Não posso encher a cabeça
Não há dinheiro
Nem vontade
Ou amor que o mereça
Não vou pensar de novo,
Vou-me pôr novo
Neste dia novo
Estreio um coração novo
Acredita que custou
Mas finalmente passou
No final do dia
Foi só isto que restou
Vai haver um outro alguém
Que me ame e trate bem
Vai haver um outro alguém
Que me ouça também
Vai haver um outro alguém
Que faça valer a pena
Vai haver um outro alguém
Que me cante este poema

terça-feira, 18 de março de 2008

instantes felizes

"Antes, tivemos gestos que nos levaram àquele instante; depois, tivemos gestos que nos tiraram daquele instante; mas, naquele instante, estávamos felizes."

José Luís Peixoto, Cemitério de Pianos

quinta-feira, 6 de março de 2008

Se

Se pudesse fazia por ti, tudo o que não posso
em cada olhar que fica, cada beijo que voa
a cada palavra amiga que sozinha nos conta
esta história tão leve, por mais breve que seja
faz eterno um só momento por mais esquecido que esteja.
Se eu pudesse, ser um pouco mais do que isto
ser mais que uma palavra, uma melodia que capta o teu ouvido
mais que um mito sem sentido.
Por detrás desse sorriso, duvidas sem nomes,
não mas apontes,
deixa-me só tentar mostrar que as respostas não estão lá fora.
Se eu pudesse, dizer tudo o que eu quero,
poder ter tudo num verso, sem ter contudo um regresso.
Tudo confesso, cada segredos que este meu silêncio encerra
e no teu abraço peço o calor que o mundo me nega
faz-me sorrir como só tu sabes
no escuro, dá-me a calma da tua voz.
Se eu pudesse, secava as lágrimas que eu não sequei,
mudava as respostas que quando querias não dei
eu sei que vales mais e é esse mais que ainda procuro
não sei se o tenho mas mantenho esperanças no futuro
Atento ao tempo e não me lembro de mudar por mim
cinzento por dentro procuro mil e uma cores em ti
encontro pisos incandescentes,
és a policromia que me preenche sonhos a preto e branco.
Eu também tenho medo, mas se pudesse não o guardava em segredo
tornava tudo tão óbvio, tão dócil e brilhante
certeza sem barreiras que tu precisas de ter
ou a felicidade que te dou mas que não sei manter
Quando penso na diferença que faz estar ou não estar contigo
não vivo através de ti, mas aprendi a viver comigo
cada opinião que trazes vale por mil sentenças
quando estás dás força e não motivação apenas
eu aposto que não reparas, que nem sabias
que existe admiração até nas minhas atitudes frias
Se eu pudesse, ser diferente e mudar
ser o que mereces e manter-me assim
trocar a vida que tenho pela que desejas
e não te encher de lágrimas quando me beijas
ser o teu mais que tudo
quando tudo o resto é triste ...

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Saudade.

"A saudade mais dolorosa é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Eu podia ficar na sala e ele no quarto, mas sabia que ele estava lá.
Eu podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem me ver, mas via-o amanhã.
Saudade é não saber.
Não saber mais se ele emagreceu, cresceu.
Não saber se ele ainda usa aquela peça de roupa que eu gostava tanto que ele vestisse.
Não saber se ele tem ido às aulas, se ele tem saído à noite, se ele tem ido à internet, se ele ainda prefere coca-cola a ice tea, se ele continua sorrindo, e se eu continuo o amando.
Saudade é não saber.
Não saber o que fazer nos dias que ficam mais compridos.
Não saber como encontrar tarefas para me distrair e não pensar.
Não saber como frear as lágrimas diante de uma música.
Não saber como vencer a dor de um silêncio que tudo e nada preenche."

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Arrisco, ganho. Perco, aprendo.

"Não penses que não consegues,
age para conseguires."

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

ar gasto dos sentimentos

"As palavras não vencem
obstáculos nem conquistam sentimentos,
apenas os cativam."

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

vive o momento

Foi numa Segunda-Feira. Eram mais ou menos 9 horas da manhã. Eu estava sentado num dos bancos de um comboio. São todos iguais, tal como são os comboios que apanho todos os dias para ir trabalhar, mas naquela manhã tudo ficou diferente. À minha frente sentou-se uma figura feminina, bela, distinta, com uns óculos que lhe davam uma certa elegância. Eu tirei os olhos do jornal que lia e fixei-os nela, sem de lá mais sairem. E foi assim, durante uma paragem, duas, três, quatro, cinco. Os dela percorriam descontraidamente a paisagem lá fora. A meio da viagem ela correspondeu: olhou-me e sorriu timidamente, sorri e olhei para o chão. Quando levantei de novo o olhar, ela também já se levantava. A sua paragem tinha chegado. De costas para mim, senti um último olhar. Ela saiu e nunca mais voltou a entar nos meus dias. E se tivesse dito uma palavra, uma frase, o que teria acontecido?