Estava eu no meu planeta, sozinha e sem esperar
visitas, quando tu apareceste. Disseste que vinhas guiado pelas estrelas e que
elas te tinham indicado o caminho até ali. Sorri - pareceste-me simpático com
as tuas palavras. Quiseste-me levar por esse universo fora à descoberta de
novos mundos. Eu dei-te a mão e fui contigo. Embarcamos por entre estrelas e
sentimentos há muito perdidos em mim e, quando achava que mais ninguém me iria
fazer sentir assim, senti a tua mão agarrada à minha para me dizer:
eu estou aqui.
Estava perdida num
planeta escuro e vazio onde ninguém entrava, e sem esperar apareceste e
preencheste toda a escuridão e todo o vazio com este sentimento que me
deixa de borboletas no estomago. O meu sorriso voltou. Os meus olhos voltaram a
abrir para tudo o que ficou por descobrir. Cativaste-me. E de dedos
entrelaçados seguimos juntos por este universo. Tudo o que não sei, tudo o que
durante tanto tempo não quis saber quero descobrir contigo. Tens tanto para me
mostrar, tanto para me ensinar. Quero percorrer este caminho todo junto a ti
sem me perder de novo.
Agora que as borboletas
se instalaram no meu coração resta-me contar as horas para te voltar a
encontrar: para voltar a entrelaçar os meus dedos com os teus: para te dar
aquele abraço tão bom: para os beijos: para te dizer o quanto gostei que as estrelas te
guiassem até mim: para te dizer o quanto gosto de ti.
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