domingo, 5 de janeiro de 2014

Há momentos nas nossas vidas em que temos aquela sensação de que tudo acontece por uma razão. Falando em prazos e de forma a não parecer que estou a ir rebuscar memórias do baú, este ano que passou não foi definitivamente o melhor que tive. Começou mal desde do primeiro dia e fez com que todo ele fosse passado com a sensação de que podia acontecer alguma coisa má a qualquer momento. Sei que sou menina de listas, mas não vou mencionar nada do que de mau aconteceu, estamos num novo ano e por isso não quero falar de coisas más. Até porque, segundo a minha mãe, este ano é um bom ano para o signo Virgem. Eu só espero que os astros estejam certos e que não tenham feito uma festa muito grande na passagem de ano e que tenham baralhado as estrelas todas!
Agora voltando a falar a sério e falando especificamente do que marcou o meu ano pela positiva, não posso deixar de lado o fim da minha vida académica. Cheguei ao fim de 17 anos de escola, o que dito assim parece uma eternidade. E é de facto. Sei e não sei o que me espera a partir daqui. Sei que me espera um longo percurso de esforço e dedicação pelo que mais quero mas não sei como é essa vida de trabalho para a qual tanto estudei.
Resta-me ter sorte, é o que tenho a dizer. Não gosto de agoirar.
No meio de tanto stress académico de acaba/não acaba o curso tive os meus tropeçares do coração que já faltavam aqui para o texto. E que de facto é disso que vim para aqui falar pois as duas pessoas que leem o que escrevo aqui já estão habituadas aos meus desabafos sentimentais.

Tinha os pensamentos todos de pernas para o ar e um curso a queimar-me os fusíveis. Tinha pessoas irritantes à minha volta com quem tinha de trabalhar. Tinha azares a baterem-me á porta constantemente. Tinha um vazio enorme no peito e uma vozinha dentro de mim que me dizia que desta vez ia ser diferente. Ficou um aperto no coração e uma culpa por ser tão inocente e deixar que me fizessem o mesmo outra vez!

Não vou dizer que me era desconhecido. Já tinha reparado naquele olhar. Já nos tínhamos cruzado algumas vezes. Não falámos muito, mas observamos. Observávamo-nos timidamente.
Não vou negar outra vez o nervosismo miudinho nem as bochechas coradas apesar de na minha cabeça apenas existirem as palavras de ordem: “Não! Tão cedo não te metes noutra, Joana! Outra vez não!”. Mas sempre preferi seguir o meu coração e desta vez não foi excepção.

Não encontrava sentido em nada nos meus dias e o cansaço esgotou-me por completo, mas de um dia para o outro, com a maior das facilidades, foste entrando e ocupando o teu espaço até que me roubaste o coração. Não sei como o fazes, mas contigo parece tudo tão fácil, tão perfeito e tão simples que tudo aquilo que receava, tudo aquilo que de mau sentia e remexia cá dentro desapareceu apenas com a tua presença. E, o mais importante, aqui continuas para me fazeres esquecer de todos os meus dias de lágrimas e colocares nos seguintes um sorriso como há muito não tinha. Aqui estás tu para me fazeres feliz, como nunca me senti.

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