quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Só tu vens

Chegas sempre pelo adiantar das horas com esses pezinhos de lã.
É tarde e lá vens tu de mansinho como quem não quer incomodar.
Já estou deitada quando tu chegas e fecho os olhos de novo à procura do sono.
Vens na calma da noite e no silêncio das horas tardias - vens de mansinho com esses teus pezinhos de lã - para me aconchegar.
E eu - tola - sinto-me nos teus braços.
Não passas do meu pensamento, não deixas o interior da minha cabeça e deitas-te ali comigo: não.
És a minha memória, a minha vontade de estar contigo.
És os meus sonhos, os meus acordar, os meus dias e o deitar.
Não passas do meu pensamento dia atrás de dia na esperança que a coragem venha.
És o meu pensamento - o meu último pensamento tardio.
Só tu vens.
Só a ti durmo abraçada.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Perfect Stranger

I didn't have to turn a around
I can feel him in back of my brain
When I step into the crowd
Something told me that I'd meet you today
Your energy when you touch me
Lifted me over ground
Your words to me are like music

I don't know

Who you are
All I really know is there's something your heart
That makes me feel
It's a new start
All I really know is there's something your heart

Are you from another world

I never seen someone who looks like you
Beautiful stranger how do you do?
Tell me is there something I can do for you
Your energy when you touch me
Lifted me off the ground
Your words to me are like music


Magnetic Man - Perfect Stranger

sábado, 1 de dezembro de 2012

Alguém que diga ao meu coração para não fujir

Há sempre aqueles dias, momentos ou instantes em que nos sentimos mais frágeis. Instantes em que um filme nos faz deitar aquela lágrima pelo canto do olho ou que o observar um casal apaixonado por entre as pessoas no metro nos faz pensar que também gostávamos de nos sentir assim novamente. Ou de apenas sentir o leve toque de uma mão dada. A nostalgia das recordações invade o peito como se não nos deixasse respirar. É inevitável! As lágrimas escorrem e, deitada na cama como quem se deita num descampado a ver o céu estrelado, caminham pelas bochechas sardentas que ninguém imagina que sentem tanto o sabor ao sal. São a única forma de expressão para além das palavras que ateimam em não querer sair da minha boca. Sou muda: perco a voz cada vez que penso em começar a conversa. Sou ridícula: por pensar em mil e uma coisas para além do meu bem. Eu ficava bem se a voz não me falhasse. Talvez recupera-se todas as horas de sono perdido a pensar em ti e no que te posso dar: no que te consigo dar. No que precisas de mim: do que precisas de alguém que posso ser eu. Só quero ouvir aquele som de mensagem que ilumina tanto o quarto como o meu espirito. Gosto de saber que te lembras, embora menos vezes das que me lembro de ti certamente. 
As palavras já estiveram mais longe de se tornarem sons para os teus ouvidos, mas quando chego perto... algo me puxa e fujo simplesmente.
Só consigo fujir.


domingo, 25 de novembro de 2012

N

Há tão pouco entraste na minha vida e já nada faz sentido sem ti.
Todos os dias penso em ti, todos os dias quero ver-te, todos os dias quero saber de ti.
Tu, e só tu, consegues com que as minhas lágrimas não corram pelo meu rosto nos meus piores dias.
Alegras e iluminas os meus dias.
Contigo o tempo passa a correr.
Não te quero deixar e aqui estarei sempre para ti.
Contigo sinto-me bem - fazes-me esquecer tudo de negativo que há à minha volta.
Contigo volto a ser uma criança, mais genuína e sem preocupações mas ao mesmo tempo com todas as atenções em ti para que nada te aconteça.
És o meu tesouro que sempre irei guardar no meu coração.

Tudo mudou num ano, tudo mudaste.

domingo, 18 de novembro de 2012


02:39 As horas vão passando e o sono não vem. No pensamento: o teu rosto e o teu jeito vão invadindo a insonia que não vai embora. O que vêm são apenas palavras soltas de forma melancólicas e meio tosca sem sentido aparente. A razão está no pensamento. Tu e esse teu jeito chegam e percorrem todo o meu corpo como um arrepio. Lento e inesperado. Os meus olhos tentam fechar, mas continuo bem acordada. A tua presença foi real, o teu toque, o teu jeito desleixado que me chega sem preocupação - foi tudo real. O que sinto é real. Anseio cada palavra e um sorriso é esboçado a cada olhar cruzado. O coração acelera e as palavras tornam-se baixinhas e nervosas. A respiração fica ofegante. A cabeça sente a almofada e os olhos fecham-se. O meu corpo espera pelo conforto do teu – pelo teu abraço apertado em forma de segurança. Não vens mas o sono não tarda e chega a meias com os pensamentos. Finalmente: encontro-te por entre os meus sonhos. Boa noite (meu amor).

10:41 Dormiste bem?
Dormi sim.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Amanhã (Talvez)

"Faz com que eu olhe
O fim de nós.
E a pressa que o tempo tem...
Razão p'ra nos deixar tão sós.

Se não houver amanhã,
Acaba o teu ódio também.
Se não houver amanhã,
Guarda o teu ódio também.

Faz com que eu não olhe
A dor como cura em nós.
Em jeito de amor-perfeito,
Recorda a quem já deste a mão.

Se não houver amanhã (...)

Porque eu não vi outra forma.
Não conheci outra hora.
Eu fugi por ser o que tu não vês...

Em ódio tu lês,
Em ódio tu vês, um amanhã, um amanhã,
Um amanhã, um amanhã talvez..."


Filipe Pinto, Amanhã Talvez, Cerne

domingo, 28 de outubro de 2012

Há dias que se transformam em dias tristes com apenas uma frase. Com uma frase todo o nosso sentimento de um dia muda. Precisei apenas de uma frase e o meu coração ficou apertado como se me o esmigalhasses até não conseguir conter as lágrimas nos meus olhos. Quero poder gritar e deitar cá para fora tudo aquilo que sinto! Será assim tão difícil? Quero, quero muito! Porquê todo este receio? Porquê todo este sentimento? Porquê que tem de ser assim? Porquê que tenho de ser assim? Sei tudo o que te quero dizer. As palavras passeiam-se pela minha cabeça a todo o instante dos meus dias. Já as sei de cor. Sei como me sinto e quero saber como te sentes. Quero ver a tua reação quando ouvires as palavras a saírem da minha boca mesmo que saiam baixinhas e nervosas. Quero abraçar-te e sentir o teu coração. Quero saber se bate tão acelerado quanto o meu. Quero... Quero-te muito perto de mim, comigo e feliz.

Não quero esperar mais. Não consigo esperar mais.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

enormes textos



Gostava de recuar no tempo e voltar a escrever aqueles enormes textos. Gostava de recordar esse tempo, esse sentimento. Lembraste? Nunca mais escrevi assim. Não tenho inspiração porque a minha inspiração eras tu. Eu gostava de escrever. Sentia-me bem apesar de chorar e chorar, chorar até não ter lágrimas… Escrever fazia-me bem. E escrevia para ti. Dizia-te tudo por palavras escritas daquilo que o meu coração não me deixava dizer-te pessoalmente. Cara a cara eu queria-te a ti e ao teu olhar carinhoso. Aos nossos momentos. Poucas palavras. Eras a única pessoa com quem eu falava sobre tudo. Foste e continuas a ser a única pessoa a saber como me sentia. Só tu sabias de tudo sobre mim. Cada olhar teu era como mil palavras de consolo e de carinho. E os teus textos. Sim os teus enormes textos cheios de sentimento. Gostava tanto de os ler. Só nós sabíamos o sentimento que ali cresceu. Tu também escrevias muito para mim. E quando acabou eu só pensava se continuavas a escrever para outra pessoa, se tinhas outra inspiração. Porque a minha eras tu e não consegui escrever mais.

Hoje sinto falta desse sentimento. A saudade é muita. As saudades tuas e desse teu olhar para mim. O meu sentimento continua aqui. Acho que nunca se foi embora só se desfez por uns tempos. Uns tempos que aprendi algumas coisas para as quais sempre me chamaste a atenção. Tu conheces-me, conheces-me bem de mais. E é por isso que sinto falta dos teus enormes textos. Do teu olhar. Do teu carinho e do teu abraço. Não imaginas a vontade que tenho de te dizer tudo isto, cara a cara, nada de enormes textos. Mas não consigo. O meu coração impede-me de o fazer. O sentimento é muito. Os momentos foram muitos para agora se perderem. Para te perder. Por isso escrevo, penso e choro. Choro até não ter mais lágrimas e um dia ganhar coragem para te dizer.

Ou mostrar-te este texto.

“Será que um dia estaremos juntos outra vez?” Gosto de pensar que sim apesar de tudo à minha volta dizer que não. “Eu não sei o futuro. Talvez.”
Abraçamo-nos.


Eu ainda me lembro de tudo.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Joana Arnauth

Hoje o post são retratos feitos por mim, os meus trabalhos.


 O meu cunhado, sobrinha e irmã

 A minha sobrinha

 Salvador Dalí

Andy Warhol


Não há muitas pessoas que sabem o porquê do nome Joana Arnauth e por isso aqui vai.

Não é nome artístico nem mania. Arnauth é um nome de família, mas como toda a gente sabe, chega a uma altura da árvore genealógica das famílias em que nomes se perdem. Arnauth era o apelido de uma tia-avó (irmã do meu avó paterno) que faleceu quando eu tinha 4 anos e devido ao facto da minha família dizer que sempre fui muito parecida com ela, sempre lhe tive uma adoração especial. Podem achar estranho eu dizê-lo porque era muito nova quando deixei de conviver com ela, mas a minha paixão pelas artes cresceu, mesmo que inconscientemente, com ela. Segundo a minha mãe ficava pasmada a olhar para ela a pintar e hoje dou por mim a dizerem-me: "quem dizia isso muitas vezes era a Tia Elisa", e acreditem ouço isto muitas vezes. Por isso não foi muito difícil decidir que iria assinar os meus trabalhos (pelo menos os retratos) como Joana Arnauth. Nunca desfazendo dos outros apelidos que tenho porque a cima de tudo tenho um imenso respeito, amor e carinho pela minha família.

Aqui estão mais trabalhos: Facebook e Behance.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

arrepios


Arrepios, lágrimas, lembranças e esperanças.

domingo, 9 de setembro de 2012

aparentemente organizada

Quase dois anos depois voltei. Não é que ache que alguém leia e que ache interessante, mas faço-o por mim. Muita coisa se passou mas não vou falar sobre isso, talvez noutro dia. Agora é hora de desabafar (como sempre foi feito o meu blog: de desabafos.).



Começo sempre os meus textos lamechas com "não sei", porque no fundo sou uma pessoa confusa. Posso parecer organizada e cheia de planos mas no que trata do coração sai tudo de pernas para o ar. Por isso aqui vai...

Não sei como me sinto ou como era suposto sentir. Só sei que a minha cabeça está uma trapalhada! As borboletas estão cá sempre que te vejo (e chegam adiantadas: aparecem assim que sei que te vou ver!) mas não sei se o que sinto é segurança por saber que é bom ter este sentimento por ti que ocupa tão confortavelmente o meu coração (sem saberes) se é apenas isso: um sentimento com o qual tenho que lidar seriamente e admiti-lo. Já há algum tempo que o escondo, (pelo menos tento), mas é difícil. Não sei dos teus sentimentos e dou por mim muitas vezes a fazer filmes na minha cabeça, mas prefiro a ignorância - saber só me daria mais razões para chorar para além de chorar por me sentir estúpida só de pensar neste sentimento e de ver ao que cheguei. Eu só quero que sejas feliz, a sério que quero, mesmo que não seja comigo. Só tenho é que me encher de coragem e deitar as palavras cá para fora e dizer-te de uma vez que me sinto capaz de te dar tudo aquilo que procuras, que podíamos ser felizes os dois: juntos. Mas como um "mas" nunca é suficiente tenho medo de perder o pouco que tenho, que na verdade não é assim tão pouco quanto isso. Gosto do que tenho, do que temos, do que construímos ao longo deste tempo, e agora tenho receio de deitar tudo a perder. Talvez até me podia surpreender, mas também talvez não e ficaria em pedaços ali mesmo à tua frente e não me sinto suficientemente capaz de enfrentar o fundo sozinha novamente. Preciso do teu apoio como sempre me habituaste e por isso uma parte de mim diz-me que é melhor assim: porque mesmo que chore todas as noites quando acordo é um novo dia para enfrentar os meus medos. O meu lado (demasiado) organizada, ou talvez o meu novo lado mais cauteloso no que trata ao amor, não me deixam ser espontânea tanto quanto gostava, não consigo prever o que vai acontecer e assusta-me: Muito! E por isso aqui estou eu a desabafar mais uma vez, a falar para os meus botões, mais uma vez.